Modelo: Volkswagen Santana GLi 2000 - 1995 - Data: 16.04.2004
Nome: Daniel Carpaneda de Freitas - Brasília - DF
E-mail: edcarpaneda@zipmail.com.br  - ICQ: 203994019
Sócio Santana Fährer Club Nº032

 

Lembro-me como se fosse ontem, tinha 14 anos (1994) e estava no final do ano, poucos dias para o final quando fui à concessionária ver o meu carro (hehe) ele tinha acabado de chegar e seria preparado para exposição, tratando-se de um Santana GLI duas portas, mais completo da época, com vidros verdes escurecidos, pára-brisa degradê, trio elétrico, ar condicionado, direção com ajuste de altura, rádio toca-fitas, com novos alto-falantes e antena elétrica, tudo integrado com o painel (significando que quando acende as luzes do carro, o rádio fica com as teclas acesas mesmo desligado), fora uma enigmática luz âmbar no assoalho e interior com uma cor exclusiva (hoje isso me dá mais dor de cabeça que qualquer outra coisa :/) além de possuir todos os sensores e alarme, temporizador dos faróis e outros itens mais comuns hoje, como direção hidráulica e injeção multiponto. Vermelho cardeal perolizado é ele.

 

Confesso que no início gostaria que fosse um GLSI azul, pois já tinha um GLS 89 azul, duas portas, que era pra mim o melhor carro que eu já tinha andado como passageiro e anos mais tarde como motorista, sendo sem dúvidas um carro superior aos atuais.

 

Pois é, o carro tinha acabado de descer da cegonheira e estava até sujo, fui o primeiro a entrar nele. Não me empolguei muito, apesar das rodas e do perfil do carro ser muito esportivo, porque já tinha em mente o Santana Azul Perolizado hehehe. No final das contas a diferença de preço era diminuta entre um GLS e esse carro.

 

Pagou-se na época quase 27.000,00, sendo que um GLSi era por volta de 30.000,00, sem ABS e Teto-Solar. Conversando mais tarde com a minha mãe, que deu a palavra final, pois o carro seria dela enquanto não fizesse 18, ela ponderou que o carro chamaria menos a atenção e eu gostaria mais dele daquele jeito quando estivesse mais velho (ela tinha razão).

Mas o que realmente me fez mudar completamente de idéia foi saber que só existiriam 200 unidades igual a ele, sendo 20 com ABS e Teto-Solar. Ele vinha até com uns amortecedores especiais feitos pela Nakata na cor do carro, muito xique, e eram um pouco mais duros que os "normais".

 

Desde então vinha cuidando dele, esperando o dia dele ser meu, juntamente com o azulão do meu coração (aprendi a dirigir nele, acelerava muito). Porém em 1996 meu pai resolveu vender ele, o que me deixou muito triste, mas fazer o quê; fiquei tão cuidadoso com o meu Santana, que tirava ele do sol todos os dias e colocava na sombra.

 

Desde cedo, já acostumado com os vários Santanas que tivemos, não deixava ninguém ficar mexendo no interior dele (quanto mais chegar perto da bandeja hehehe). Só duas pessoas mexem nele, eu e um amigo que é tapeceiro que sabe que eu sou chato. Chato é a palavra certa, nunca deixei ficarem mexendo nos botões, ficarem pisando nas soleiras, ou deixarem os vidros abertos por muito tempo, ou ficarem encostando as pernas no console central. O interior dele é impecável, sendo que o nível de ruído interno é inferior aos Gols novos que temos (o painel recebeu proteção acústica, o que ajudou até no nível de ruído que vem do motor).

 

O que fiz nele foi praticamente nada, está todo original, não mexi na estética dele, pois gosto dele como ele é.. Só coloquei o painel com fundo branco, com conta-giros, que era algo que sentia falta.

 

Quanto à manutenção, a cada 10.000 km é feita a revisão dele na autorizada, sendo que se o problema for no interior dele, não se mexe lá; De qualquer forma sempre empreguei um aditivo, STP ou Bardhal B12. Sendo que agora, com quase 180.000 km, faço tratamento nele com Autoplast, um produto realmente superior. Nunca houve reparos graves, sendo que só foi trocado a embreagem uma vez, e nunca tive gastos excessivos com ele, sempre dentro do tolerável.

 

Livro de Revisões

 

O único cuidado que tenho de fato é trocar o sensor do alarme (aquele robozinho) anualmente, pois ele perde eficiência em pouco tempo. Também, convencido pelos colegas do clube, resolvi trocar as borrachas desgastadas, embora perfeitas, das portas e do porta-malas. Nunca tive problemas com infiltração ou com entradas de água, até trocar as borrachas, motivo pelo qual me levou a buscar uma solução que tem funcionado de forma excepcional, porém ainda em testes.

 

Troquei recentemente os alto-falantes também e estou a procura de um CD-Player original. Não tenho do que reclamar, sempre dirigi o carro que eu queria e aprendi a gostar da cor dele, principalmente por se mostrar uma cor que proporciona um certo espelhamento.

 

Todos sabem que eu digo que parece que o interior do carro vai se esfarelar se você encostar nele; e forte nessa crença que ninguém mexe nele hehe. Outra coisa que me incomoda são os faróis, lastimáveis, não vejo nada, até coloquei as lâmpadas Osram Cool Blue, mas não resolveu muito.

 

A única reclamação do ponto de vista mecânico é a facilidade de perder tração com ele nas acelerações bruscas, bem como um comportamento meio retardado do motor AP, acho que justamente em função dessa péssima característica. Tenho vontade de ter outro carro, mas não fabricam mais com duas portas (é claro que é Santana!); me deixaram órfão, então não tem outra solução a não ser ir cuidando dele enquanto ele se mantiver assim tão bonito. 

 

Galeria de Fotos

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