Modelo: Volkswagen Santana CLi 1995 - Data:26.04.2004
Nome: Flávio Levis (FDL) - fdl_tls@yahoo.com.br - Curitiba - PR
Sócio Santana Fährer Club Nº 13

 

Aproximadamente nove anos atrás, minha mãe tirava da concessionária um dos maiores prazeres que minha curta vida já me deu: um Santana Cli 1995!!

 

Tudo começou quando, após a venda do nosso segundo carro, fez-se necessário a compra de um carro novo. Após muita pesquisa, e da insistência de meu pai para que se compra-se um Volkswagen (nosso antigo carro era um Gol CL 89 que só trouxe alegria), foi decidido que a compra seria de um Santana. Na época, com o dólar estabilizado, o carro foi a melhor escolha. Era quatro portas, tinha vidros e travas elétricas, direção hidráulica, sem contar o conforto e a potência que o motor 1.8 oferecia. O preço de tudo isso: R$20.000,00, algo inimaginável hoje em dia (infelizmente).

 

Lembro-me até hoje quando fui buscar o carro na concessionária com minha mãe. Ao ligar o carro ela olha para mim e pergunta com um olhar de espanto e dúvida ao mesmo tempo: “O carro já está ligado???”, e eu completamente perdido; “Não faço a mínima idéia, tenta acelerar pra ver se faz barulho...”. Logo em seguida foi possível escutar um leve barulho de motor em aceleração.... e ao mesmo tempo a cara de espanto de minha mãe (e minha) com o silêncio que o carro fazia, algo até então raro de se ver em um carro nacional.

 

Mas, apesar de tudo começar bem, o carro não teve o destino que se esperava. A decisão de comprar um Santana foi por ele ser um carro robusto, que agüentava o dia-a-dia, como seu antecessor era, mas, por pena, o carro era pouco usado. Na época, tínhamos um Fiat Tipo também, e nessa mesma época minha irmã tirou a carteira de habilitação. Como o Santana era um carro muito grande para alguém que recém tirou carteira, o Tipo acabou virando o carro de uso diário, enquanto o Santana foi deixado para uso em fim de semana e viagens. Mas, novamente por pena, ele não era usado em viagens, e acabou sendo esquecido na fria e solitária garagem (triste não??). Mas, seu destino ainda não estava selado. Após 3 anos de uso intensivo o Tipo não agüentou o tranco, e foi vendido. Como substituto, minha mãe resolveu dar um carro de presente para minha irmã, e ela escolheu um Corsa Wind 1.0. Novamente resolveram utilizar o corsa para uso diário, por se tratar de um carro 1.0, mais econômico e também mais barato. Resultado: Santana continuava abandonado na garagem.

 

Mas, o tempo passa, e então foi a minha vez de tirar a carteira de habilitação. Eu já havia sonhado tantas vezes com esse dia que eu já tinha até perdido a conta. Só que nessa época, eu queria um carro esportivo (e ainda quero), do tipo Gol GTi, Opala SS, Maverick GT, Saveiro Tsi, etc. Mas, como opção eu tive: Corsa 1.0 ou Corsa Wind 1.0.... Tive que agüentar longos e amargos seis meses de “milzinho” até que convenci minha mãe a me dar outro carro. Comecei a ir atrás de alguns mavericks e diplomatas mas só encontrava “caco véio”. Enquanto isso minha mãe ficava me falando: “Filho, fica com o Santana, ele ta NOVO!! Só tem 28.000 km rodados, e além do mais, você sabe a procedência, afinal, VOCÊ foi buscar esse carro comigo na CONCESSIONÁRIA!!!”. Mas eu (BURRÃO) não dava ouvidos e continuava procurando. Até que, após muita insistência por parte de minha mãe, resolvi ficar com o Santana. Só que na minha mente ainda tinha aqueles (pré) conceitos sobre o carro: “AHHH, Santana é carro de veio, Santana é carro de Taxista. Vê se eu vou andar por aí com essa banheira”.

 

Pois é, pra vocês verem como a vida é, se arrependimento matasse....

 

Mas eu modifiquei algumas coisinhas nele pra deixar do jeito que eu queria. A primeira providência foi insul-filmar e logo depois eu troquei o conjunto de lanternas traseira original pela fumê. A terceira e última “modificação” feita foi tirar as calotas (que já estavam em um estado deplorável).

 

Atualmente o carro está com aproximadamente 32.200 Km rodados (5000 só na minha mão) e se Deus quiser, vai estar mais alguns milhares de quilômetros comigo.

 

Com relação a criticas e sugestões sobre o carro, o único problema que ele apresenta é a infiltração no porta malas, que deixa o carpete que cobre ele com um cheiro de azedo muito forte. Outro ponto que me incomoda é a suspensão muita elevada e macia, que apesar de ser algo muito bom nas ruas das cidades brasileiras, me atrapalha de vez em quando por “empinar” a frente do carro.

 

 

Galeria de Fotos

Atualização: 07.08.2004

Serviço de espelhamento, Rodas IBR Califórnia Aro 15 com pneus Goodyear Eagle NCT5 195/55.

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